Francisco C. Weffort mostra como o fenômeno político do populismo, mesmo quando dispõe de bases operárias mais ou menos amplas, orienta sua atuação política de acordo com os ideais da pequena burguesia. Por restringir-se a essas formas de ação, procura em essência paralisar o processo histórico, ao invés de ativá-lo. Esta análise leva a uma compreensão clara do motivo pelo qual as massas populares não se levantaram em 1964 em apoio ao governo reformista de João Goulart, contra as expectativas generalizadas da reação direitista e dos ideólogos nacionalistas da esquerda.