O nome de Galileu está associado a um episódio do qual muito se fala e que pouco se conhece, predominando em certos ambientes a desinformação ou versões que pecam pela falta de seriedade histórica ou pela interpretação tendenciosa. Em geral, é um nome esgrimido para apresentar a Igreja como inimiga da ciência, da liberdade de pensamento e do progresso humano. Houve nesse caso desacertos por parte da autoridade eclesiástica, mas nada mais falso que apresentá-lo como um conflito entre religião e ciência. Como salientou recentemente o Papa João Paulo II, as concordâncias entre fé e ciência são muito mais numerosas e, sobretudo, muito mais importantes do que as discrepâncias.