Fernanda Augusta nos apresenta B. L., uma mulher à deriva, morti?cada e embriagada de uma existência desordenada e embaraçada em si mesma. Re?exo da devastação que lhe habita como um traço de uma relação de amor antigo. De um encontro, ao desencontro de B. L., deparamo-nos com uma leitura que nossa personagem tanto ansiou de sua escrita vedada. Se não existe escrita sem leitura, o afeto não tem endereço; restam desamparo e atormento. Com essa trajetória, observamos silenciosamente a dor de uma existência e, na medida que avançamos na leitura, encontramo-nos desejosos que essa dor se transforme e encontre um novo caminho. Márcia Virgili Psicanalista