A presente obra tem como objetivo pesquisar a maneira como a Justiça Restaurativa vem sendo aplicada e incorporada no campo jurídico brasileiro e, até mesmo, de que forma ela é considerada dentro do Direito. Para tanto, utiliza-se como base a teoria sobre o multijuridismo do antropólogo Etienne Le Roy, possibilitando encarar as práticas restaurativas para além do positivismo jurídico. Outro aspecto que se pretende abordar é a existência de práticas de convivência e de cuidado com os conflitos no contexto cultural brasileiro, dos povos originários e que se assemelhem ao que hoje conhecemos como práticas da Justiça Restaurativa. No caso desta obra, refere-se às práticas dos Mestres Griôs, as quais, originalmente, tiveram início no continente africano e que, mais tarde, foram trazidas para o Brasil no processo violento de escravização.