O esforço de síntese realizado pelo autor começa por identificar os processos de longo prazo que comandaram o desenvolvimento das economias modernas. Entre eles, destaca-se o incremento das atividades sobre a informação, que na segunda metade do século XX passam a preponderar cada vez mais sobre as atividades voltadas para as transformações da matéria. Isso cria uma nova divisão do trabalho, em que se destacam a capacidade de inovar, a flexibilidade e o processamento da informação em larga escala. Modificam-se assim as condições em que capital e trabalho se enfrentam, bem como o lugar que empresas, regiões e nações ocupam na hierarquia do sistema-mundo. Ivan da Costa Marques estuda os diferentes modos de operação das empresas multinacionais em seus países-sede e nos países hospedeiros de suas filiais, e chama a atenção "para o perigo que o Brasil corre se prosseguir inserindo-se na globalização sem definir uma estratégia voltada para a geração local de concepções, projetos, planos e marcas".