Conversávamos em um bairro de casca moderna, num café niu iórque estaile, que imagino, nunca fui, nem me emociono. Botafogo já é suficientemente longe de onde vivo. Enfim, dizia que Dora e eu digressávamos sobre alguma coisa (e coisa alguma) de se ter livro publicado: seus sentidos (há?), impactos e consequências para si, para o mundo, para o café e o mate que engolíamos com gargantas secas de especulações torpes. Lançar livro é como ler textos escritos no escuro. Imagina-se algo que, refeito em linhas cruzadas e letras sobrepostas, revela uma caligrafia no breu. Há que se demorar para colher algo que normalmente varia entre sentido nenhum e um cluster mudo. A palavra escrita, impressa e lida em silêncio é do gosto de Isadora, e seus textos, de tão seus, se tornam inevitáveis convites a projeções. Frases facilmente tão nossas que este impresso desvela. Isadora, à primeira vista, é olho vivo que gera expectativa de inopiniões, que, depois de certo convívio, previsivelmente(...)