Aos oitenta anos, o escritor australiano decidiu atender aos apelos que escutou durante muitos anos para transpor para as páginas a história da sua vida. E é justamente aí que reside a característica mais marcante do livro. West optou por evitar a autobiografia convencional. Com o mesmo estilo e domínio da narrativa que o notabilizou, ele fala de suas experiências como quem relata uma aventura, na qual aparece como protagonista. Cada capítulo revela importantes detalhes da vida do autor, como sua oposição à guerra do Vietna, em 1965; sua admiração pelo filósofo italiano Giodano Bruno, queimado como herege no século XVI. Mas é às jornadas como peregrino cristão que Morris West dedica maior ênfase.