Este texto convida você a refletir conosco sobre esta época com diversas expressões de crise da cultura democrática, que deveria ser alimentada pelo desejo de liberdade e concretização de direitos humanos. A experiência pessoal está a demonstrar que as ansiedades de uns só podem ser resolvidas pela diminuição da ansiedade de todos, porém estas devem ser canalizadas para os movimentos sociais, que além de serem a melhor escola de democracia, são defensores de razões universalistas que respeitam os princípios de identidade (quem somos ou a que classe pertencemos), de um princípio de oposição (contra quem ou o que lutamos) e de um princípio de totalidade (para quem é a luta). Abordamos aqui dois movimentos sociais: a economia solidária e a luta feminista, que mostram evidências de manutenção da utopia emancipatória ao mesmo tempo que são lutas concretas na prática de garantir avanços em direção à concretização dos direitos humanos.