A bela Helena é um romance daqueles que são lidos de forma foraz. Entre as lembranças de Helena (aliás,Talita), cheias de encontros e desencontros amorosos, adultérios, crimes e intrigas, cada leitor irá se iden-tificar da própria maneira, e contemplar, ainda, um pouco além de si mesmo. Talita é uma mulher madura que tem uma vida confortável, mas vive sozinha e se assusta com a velhice. Às vésperas de completar 60 anos, para que as lembranças não se percam, ela começa a escrever. Helena é seu alter ego, um personagem que constrói para si. Através dessa outra mulher Talita recorda o abandono pela mãe, o sequestro do filho pelo próprio pai, uma tentativa de suicídio, a paixão por Laerte, homem de caráter duvidoso que conheceu na adolescência e que, entre idas e vindas, ocupa um lugar especial em sua vida. Helena é também uma forma de reescrever a própria história e criar um desfecho melhor.