O livro está sistematicamente dividido em duas partes. A primeira, denominada, "Vozes que não se Calam" reúne os trabalhos que acompanham, monitoram e consolidam as conquistas sobre a questão do trabalho escravo contemporâneo e o desenvolvimento histórico nessa luta, e a segunda parte, "Vozes se Levantam", que propõe novos avanços e se prepara conceitualmente contra eventuais retrocessos. Com a progressividade do desenvolvimento dos direitos humanos e com a aumento da sensibilidade da sociedade para as questões que envolvem os direitos sociais, é natural, como conquista paulatina da luta cruciante pela civilização, que não se cogite mais de grilhões e correntes para abordar o trabalho escravo, que, numa perspectiva contemporânea, dirige-se, sobretudo, ao enfrentamento contra as jornadas excessivas e as condições degradantes de trabalho. Estender o atual patamar civilizatório para todos que estão submetidos ao trabalho subordinado, incluir todos os trabalhadores, para que possam usufruir padrões de dignidade em sua labuta diária, é um desafio que nasce a cada dia, mas a busca por uma sociedade mais justa, humana e solidária justifica qualquer repto.