Um pano de fundo tumultuado – a França da ocupação nazista aos nossos dias, passando pela agitação de maio de 1968 – contrapõe-se à simplicidade da existência do professor de equitação Hector Vachaud. Sem ser um cavaleiro ou uma grande vedete de torneios hípicos, Vachaud leva uma vida ordenada segundo as leis muito peculiares da cavalaria e os caprichos de seu coração. É através deles que Vachaud interpreta a comédia social que se desenrola ante seus olhos, enfrenta paixões políticas, a guerra e as ilusões dos pós-derrota. Considerado como o maior expoente da geração de escritores que surgiu nos anos 50, em “Em frente, devagar e sempre” François Nourissier volta a mostrar sua elegante ironia e fino senso de observação ao contar a história, destituída de grandes feitos, de um mestre na arte de cavalgar. Enquanto a França tenta se reerguer da vergonha em que a guerra a lançou, Vachaud prefere desconhecer a desonra. O resultado desse contraste aparentemente simples é uma obra complexa e envolvente.