Caio Prochno tem em Dionísio e seus seguidores o critério para definir o legítimo ator. E, como o tempo não pára, o autor vê com um certo olhar de desconfiança ou com um certo ceticismo o surgimento do cinema e da televisão. A relação do ator agora faz-se impessoal; ele atua para a máquina e não mais diretamente para um público que observa. E além desta mudança relacional, Caio aponta-nos, na esteira da perspectiva de W. Benjamin, uma "fragmentação intrínseca" ligada à reprodutibilidade técnica que a máquina instaura, provocando uma ruptura ontológica em relação ao verdadeiro ator.