Na Carta aos Efésios, São Paulo frisa que, nos esposos cristãos, se reflete um mistério grandioso: a relação instaurada por Cristo com a Igreja, uma relação nupcial (cf. Ef 5,21-33). A Igreja é a esposa de Cristo. Isso significa que o matrimônio corresponde a uma vocação específica e deve ser considerado uma consagração (cf. GS 48; FC 56). O homem e a mulher são consagrados no seu amor. Com efeito, em virtude do sacramento, os esposos são revestidos de uma autêntica missão, para que possam tornar visível, a partir das realidades simples e ordinárias, o amor com que Cristo ama a sua Igreja, continuando a dar a vida por ela na fidelidade e no serviço. D. Anselmo Chagas de Paiva, OSB, é sacerdote beneditino do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro; é ainda doutor em Direito Canônico, diretor da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro e professor no Instituto Superior de Direito Canônico da Arquidiocese do Rio de Janeiro. No Tribunal Eclesiástico Interdiocesano da Arquidiocese do Rio de Janeiro exerce a função de Promotor de Justiça e Defensor do Vínculo.