"O mundo é movimento; tudo nele muda continuamente. Não posso fixar o objeto que quero representar: move-se e titubeia. É pois no momento mesmo em que o contemplo que devo terminar a descrição; um instante mais tarde não somente poderia encontrar-me diante de uma fisionomia mudada, como também minhas próprias ideias possivelmente já não seriam as mesmas." O autor dessas linhas é Michel de Montaigne, um homem do Renascimento, mas que até hoje se dirige a nós com uma vivacidade que a distância do tempo não esmaeceu. Seus Ensaios, publicados entre 1580 e 1588, o tornaram famoso ainda em vida, inspiraram os filósofos do Iluminismo e lançaram as bases de um novo gênero literário. Segundo o crítico Erich Auerbach, um de seus mais agudos leitores, ao falar de si, Montaigne falava da condição humana. Tal liberdade de concepção e de tom nunca tinha sido vista até então: as guerras do seu tempo, os humores do seu corpo, os filósofos antigos, o amor e a morte, os assuntos mais variados recebem o mesmo tratamento sob o crivo de uma personalidade única em sua franqueza e seu desprendimento. "Da ociosidade", "De como filosofar é aprender a morrer", "Da educação das crianças", "Da amizade", "Dos canibais", "Dos livros", os capítulos se sucedem, variando em dimensão, sem ligação aparente, numa "linguagem simples e pura, e suculenta, e nervosa, breve e concisa", nas palavras do próprio Montaigne. Publicada originalmente em 1961, esta tradução integral dos Ensaios realizada por Sérgio Milliet, um dos grandes intelectuais brasileiros do século XX, busca, em sua elegância e fluência, sempre a fidelidade ao espírito do original. O volume conta ainda com revisão e notas adicionais de Edson Querubini, um dos principais especialistas em Montaigne no Brasil, e uma esclarecedora apresentação de Andre Scoralick.Obra-chave do pensamento ocidental, os Ensaios de Montaigne, publicados na Franca entre 1580 e 1588, tornaram celebre seu autor, inspiraram os filosofos do Iluminismo e criaram um novo genero literario. Ao falar de si mesmo com uma franqueza e liberdade que ate hoje nos tocam, Michel de Montaigne (1533-1592), um homem do Renascimento, fala na verdade da condicao humana, com reflexoes sobre a psicologia, a educacao, a etica e a politica. Esta traducao integral de Sergio Milliet, um dos grandes intelectuais brasileiros do seculo XX - que busca, em sua elegancia e fluencia, sempre a fidelidade ao espirito do original -, e apresentada aqui com a rigorosa revisao tecnica de Edson Querubini, um dos principais especialistas em Montaigne no Brasil.Obra-chave do pensamento ocidental, os Ensaios de Montaigne, publicados na Franca entre 1580 e 1588, tornaram celebre seu autor, inspiraram os filosofos do Iluminismo e criaram um novo genero literario. Ao falar de si mesmo com uma franqueza e liberdade que ate hoje nos tocam, Michel de Montaigne (1533-1592), um homem do Renascimento, fala na verdade da condicao humana, com reflexoes sobre a psicologia, a educacao, a etica e a politica. Esta traducao integral de Sergio Milliet, um dos grandes intelectuais brasileiros do seculo XX - que busca, em sua elegancia e fluencia, sempre a fidelidade ao espirito do original -, e apresentada aqui com a rigorosa revisao tecnica de Edson Querubini, um dos principais especialistas em Montaigne no Brasil.