Ao estudar a ecologia de um povo indígena da Amazonia peruana, o antropólogo Jeremy Narby vê-se confrontado com um enigma: os índios, cujos conhecimentos botânicos espantam os cientistas, explicam-lhe invariavelmente que o seu saber provém de certas plantas professoras. Narby envolve-se numa investigação multidisciplinar estendendo-se ao longo de dez anos, da floresta amazônica às bibliotecas europeias, no decurso da qual se vem a convencer da veracidade literal das afirmações dos índios. A chave do enigma, segunda a ousada hipótese proposta por Narby, encontra-se no DNA, a molécula da vida presente em cada célula de cada ser vivo. O DNA é o código genético presente em toda forma de vida. Jeremy Narby apresenta a hipótese de que os xamãs através de suas visões alcançam a dimensão do molecular aprendendo dessa forma a reconhecer as correspondências entre, por exemplo, as plantas curativas e as doenças.