Este livro reúne oito ensaios sobre a filosofia de Hume, ou sobre temas nela inspirados. Nos dois primeiros, João Paulo Monteiro recusa criticamente tanto as interpretações desse filósofo em que as conclusões causais derivariam de processo de associação de ideias, como aquelas que o acusam de 'psicologismo', devido a seu uso de termos como 'costume' e 'hábito'. No terceiro é mostrada a importância das inferências derivadas de conjunções singulares, e não repetidas, entre fenômenos, envolvendo raciocínios, e não simples reações psicológicas. O quarot ensaio propões um confronto entre Nietzsche e Hume quanto À concepção de causação, e o quinto critica a interpretação das inferências causais humeanas por Bertrand Russell. O sexto e o sétimo não são 'sobre' Hume, mas se inspiram em sua filosofia para propor ou uma concepção da inferência como 'eliminação da hipótese', ou uma explicação darwiniana dos limites quantitativos das repetições que geram influências causais.