Ana F de filha. Ana M de Marcos, o pai atrapalhado e imaturo. Ana C de ciúme, C de Cauê, com que aprende a amar e ser amada. Ana M de mãe. A mãe que ela perdeu; a mãe que ela vai ser? Ana F de falta; S de saudade. Ana P de perguntas. Ana K, que poderia ser Ana V de vida ou Ana R de respostas.A história de Ana K poderia ser apenas uma história comum de uma menina que cresce sem a mãe, morta no parto, e é criada por um pai, atrapalhado e imaturo. Ou a história de um pai e de uma filha que vão aprendendo a ser pai e filha. A história de Ana K, porém, é mais interessante. Mais profunda. Mais intensa. É a história de uma menina que quer entender tudo, quer compreender seus sentimentos; quer buscar as razões e encontrar os significados para tudo que faz parte da sua vida: a falta da mãe, o amor confuso e possessivo pelo pai, a descoberta do amor verdadeiro. Ana K precisa dar significado à sua existência. Precisa conhecer sua história desde o amor dos pais. Precisa aceitar a morte da mãe. E deseja um pai que seja mais que um irmão mais velho. Ela tem que aprender a amar sem as dores e as culpas que sempre a acompanharam. Essa é a história de Ana K, que consegue, por fim, juntar as peças da sua breve vida, reconstruindo-se para ser capaz de amar e ser amada.