Que a economia capitalista tem uma tendência ao espraiamento em escala mundial, desenvolvendo suas leis tendenciais de funcionamento, é algo que até teóricos não marxistas reconhecem. Que esse desenvolvimento na escala do mercado mundial implica um caráter desigual e combinado, ainda que as terminologias para isto variem de interpretação para interpretação, tampouco é algo incomum. Entretanto, um tratamento rigoroso desses aspectos, com base na crítica ontológica de Marx ao modo de produção capitalista, e fundamentado na teoria do valor-capital que esse autor nos fornece, é algo inédito. É exatamente isto o que nos oferece o livro de Flávio Miranda.