“Estação Paraty”, uma leitura singela como a paisagem da cidade Com apresentação de Nelson Pereira dos Santos, diretor de Vidas secas, A terceira margem do rio e Memórias do Cárcere, o último livro de Sérgio Saraceni, Estação Paraty, lançado pela Geração Editorial, é uma leitura singela como a paisagem do balneário. “Ler este livro de Sérgio Saraceni é caminhar em Paraty, prazer acrescido com a companhia do autor e dos seus ilustres e sábios amigos”, afirma o cineasta. Dividido em capítulos quase sempre com o nome do Estado ou cidade do visitante, o livro poderia ter o título de O Amável Anfitrião, graças à maneira como Sérgio Saraceni tratava os amigos em sua casa. São quase todas pessoas ligadas à música e ao cinema. Elas percorrem Paraty e conversam com o atencioso e culto anfitrião. Relembram histórias curiosas e bonitas de gente como Antônio Carlos Jobim, Dorival Caymmi, Elza Soares, Orlando Silva, Pixinguinha e Villa-Lobos, além do poeta Pablo Neruda, do diplomata Sérgio Vieira de Mello e de uma jovem sertaneja apaixonada pelo cinema e por Alex Viany. Entre os visitantes, estão Luiz Lopes Coelho, de quem o livro traz o conto policial “Lua-de-Mel”; o fundador da Banda de Ipanema e “atleta da noite”, Albino Pinheiro; o crítico de cinema Almeida Salles; o brasileiro-argentino Eduardo Fabiano, que em Buenos Aires repreende um grupo de jovens hostis aos brasileiros; e o escritor Thomas Mann, que, na imaginação de Sérgio, se emociona ao conhecer a casa onde sua mãe nasceu.