Os ergonomistas agem para transformar ou conceber situações de trabalho afim de que elas possam ser compatíveis ao mesmo tempo com o conforto e a saúde dos trabalhadores e a eficácia econômica das empresas. Mas qual é o estatuto dos conhecimentos que eles colocam em ação? É a ergonomia, tão somente, a aplicação de conhecimentos produzidos por outras disciplinas ou trata-se de uma disciplina científica que produz seus próprios conhecimentos? Esta questão se coloca por ocasião de todos os debates sobre a pesquisa e a prática da ergonomia. As diversas respostas que estes debates podem trazer são susceptíveis de terem efeitos importantes sobre a formação e a estruturação da comunidade profissional em ergonomia. O objetivo desta obra é o de explicitar, de colocar em perspectiva e de fazer dialogar uma diversidade de posições epistemológicas que atravessam os debates sobre a disciplina. Ela é o fruto do trabalho coletivo de um grupo de pesquisadores, ergonomistas ou daqueles cujas especialidades os conduzem a colaborar com a ergonomia.