"Este livro faz uma retomada de alguns pensamentos de Gilles Deleuze, Félix Guattari e de Henri Bergson que demonstram como a humanidade cria sociedades fechadas, presas em círculos representacionais, obrigações e hierarquias e como esses círculos se mantêm por meio de esquemas sensório-motores. São esses mesmos esquemas que se materializam nas fórmulas do cinema hollywoodiano e funcionam como grandes produtores de clichês. Por outro lado, um cinema não focado na imagem-ação pode, segundo o filósofo Gilles Deleuze, desempenhar um papel político que ajuda a romper com os padrões opressores e dar a ver um povo-por-vir. Os filmes da diretora Sofia Coppola, em especial Encontros e desencontros, Maria Antonieta, e Um lugar qualquer, analisados neste livro, apresentam um questionamento de padrões sociais que inibem a potência vital. [...]