Este é um livro destinado a todos os amantes do teatro que quiserem saber o que pensa o crítico sobre a sua profissão. Em palestra realizada em Recife, Barbara Heliodora ironizava que o ofício, no Brasil, parecia ter uma conotação fortemente negativa e aplicar-se exclusivamente à crítica jornalística, que seria exercida por indivíduos sem exceção desonestos e incompetentes, tomados do mais absurdo ódio por toda e qualquer atividade artística e que manteriam sempre, junto à máquina de escrever, ou do computador, uma imensa lista de desafetos, com o único objetivo de tirar, do fracasso deles, demoníaco e indizível prazer. Mas o retrato do crítico fica bem mais brilhante e íntegro se ele elogia qualquer obra. Sábato Magaldi, em um dos muitos artigos escritos sobre o assunto, disse que todos sabem que a arte do teatro vive do efêmero, porque uma representação nunca é igual à outra. E que um crítico precisa ser sensível às mutações contínuas do teatro. [...]