Neste início do século XXI continuam a ser numerosas as questões sem resposta acerca do desenvolvimento humano, quer devido à multiplicidade das suas expressões, quer em virtude da diversidade de variáveis e de contextos a ter necessariamente em conta na compreensão das condutas. Na realidade, nem todas as pessoas com os mesmos recursos familiares, sociais, educacionais, financeiros ou profissionais se comportam, de forma análoga, em situações idênticas e, por isso, coloca-se-nos o desafio de tentar explicar, no seio de um mesmo país e também numa perspectiva transcultural, a pluralidade dos comportamentos observados, tanto a nível intra como interindividual.Não alheios a esta complexidade do seu objecto de estudo, os próprios cientistas têm-se preocupado com a concepção de metodologias de investigação cada vez mais válidas e integradoras, de cariz transversal ou longitudinal que, na sua tentativa de estabelecerem princípios gerais de explicação do desenvolvimento humano, levem simultaneamente em consideração aspectos de natureza mais idiossincrática, específicos de indivíduos ou de momentos de vida particulares.