Este livro não se esgota no estudo do passado. A sua preocupação básica é a de ensejar o domínio de um extenso lapso do processo de produção da educação escolar contemporânea. Afinal, a compreensão do presente só se viabiliza quando se apreende a integralidade de seu processo de produção. Eis a própria tradução do princípio de historicidade. Só a leitura desavisada de quem não consegue entender o que é a história pode gerar, portanto, a equivocada impressão de que o passado da escola moderna foi revisado exclusivamente por diletantismo. De fato, neste livro, não há lugar para uma apressada preocupação de entender o nosso tempo cingindo-se à época republicana, pois esse imediatismo acaba sendo um óbice à compreensão do processo de produção da educação e da escola brasileiras como um todo. Quando se reconhece que a instituição escolar é caracterizada por traços anacrônicos de um passado relativamente distante, que clamam por superação, torna-se mais evidente, ainda, quão oportuna é a leitura deste livro pelos educadores.