A BELEZA DA FINITUDE Há semanas leio e releio, a altas horas da noite quando, enfim, posso estar realmente só, esta coletânea de poemas (ou é um romance? pergunto) de Nydia, minha poeta de cabeceira. Depois mergulho no silêncio e rumino seus versos que, assim, se tornam meus. No último ano, tornei-me a mais velha de minha família, dos dois lados, e em minha memória falta espaço para dados recentes, enquanto tanta coisa que parecia esquecida me volta, em forma de infância reinventada, aqui também a menina que mora no meu porta-retratos, sorri ela nem sabe do tempo que vai passar, e as mulheres que me ensinaram tanto voltam em forma de lendas. Tudo isso pede para ser escrito. Não sei se serei ainda capaz de escrevê-las, mas, se eu não puder, leiam e releiam estes poemas de Nydia, que aqui está o essencial.