Uma análise da relação entre a compreensão do reformador francês João Calvino, do princípio formal da teologia protestante e a compreensão posterior do Movimento Fundamentalista Protestante que afirma ser a Bíblia a Palavra de Deus inerrante. O autor procura responder se a concepção de Calvino do princípio do sola scriptura já era uma concepção fundamentalista, ou se teria havido modificações nesta cadeia de pensadores reformados que causassem o estreitamento da compreensão daquele princípio. Por meio de uma abordagem histórica, procura-se demonstrar que já havia um DNA fundamentalista na compreensão de João Calvino do sola scriptura e que este DNA fundamentalista - ora latente, ora evidente - na hermenêutica, e em algumas práticas de Calvino, gradativamente estreitou-se no pós-Reforma até assumir sua forma final, quando os fundamentalistas reduziram o sola scriptura a nuda scriptura.