Nesta obra, o poeta e professor da UEFS Roberval Pereyer defende que, se a linguagem lírica, mesmo sendo fragmentária na modernidade ainda assim é linguagem, é porque algum ponto de sustentação oculto possui. E é esse mistério do ritmo, das infinitas possibilidades de combinações de imagens que formam a unidade primordial da lírica que o autor explora neste volume. Analisando a manifestação lírica em seus aspectos essenciais, explorando o poema pelo poder imagético do ritmo e como um espaço de reunião e superação de opostos e situando a poesia lírica num processo de ruptura com a tradição e de resistência ante a própria modernidade. Completando a obra, Pereyer se debruça sobre o conjunto da obra poética de Antônio Brasileiro, mostrando como é possível identificar, na formação da obra lírica deste poeta, o desenvolver de um processo semelhante àquele ocorrido com a produção lírica da modernidade.