De acordo com as autoras, cada ser humano tem o que chamam de "poder intrínseco dentro de si”, ou seja, o seu axé: “a força e o poder criativo de cada um, em contínua elaboração e aperfeiçoamento, integrado às leis da natureza, com a qual o ser humano se envolve, trabalha e mantém harmônico relacionamento através de seu próprio corpo.”.O livro explica que, por meio dos rituais, o iniciado assume e desenvolve sua característica fundamental e, ligando-se à estrutura hierárquica das entidades multidimensionais que trabalham com esse fator, ele passa, também, a trabalhar com os outros fatores e outras hierarquias. As autoras demonstram, também, que os iniciados nas religiões de matriz africana são os que praticam o mais profundo ecumenismo, aceitando em seus templos pessoas de qualquer religião, sem impor adesão, escolhas ou doutrinas, sem julgamentos ou condenações. A intenção maior das autoras não é somente mostrar porque as religiões brasileiras de matriz africana estão ao lado de todas as religiões do mundo, mas salientar que o bem e o mal estão dentro de cada um e se manifestam independentemente do ritual utilizado. E a importância da ética e do aperfeiçoamento espiritual dos que trabalham e dos que procuram os centros de "Nação". “O evoluir é conhecer cada vez mais o Todo, para nós ainda multifacetado no bem e no mal. Se para conhecer o que é o bem é preciso, também, conhecer o que é o mal, é pelo equilíbrio entre o físico e o espiritual, que ampliamos a nossa compreensão do Todo. E quanto mais O entendemos mais a Ele nos assemelhamos por integração”, resumem as autoras.