O sonoro e o visual se fundem na poesia de Sílvio Eduardo Paro. Isso ocorre tanto no que é possível de se notar em uma leitura mais imediata e superficial, quanto no que é passível de se descobrir nas entrelinhas, em uma leitura mais aprofundada de seus textos. O que mais fica evidenciado em sua poesia é a maneira como a existência e o processo de criação se fundem, transformando-se em um lindo e intrincado trabalho poético. Paro diz em um de seus poemas: “É que sou poeta e sonho um sonho absurdo, /E me valho de imagens de meus olhos surdos/Para criar o improvável.”. E é exatamente isso, criar o improvável, o que este poeta busca ao escrever este belíssimo livro. Para passar aos seus leitores a mágica oculta que há na poesia brasileira.