A temática desenvolvida neste livro pode servir como material didático para diversas disciplinas dos cursos de Economia, Relações Internacionais e áreas afins. Tais disciplinas incluem Economia Internacional, Desenvolvimento Econômico, Economia Brasileira e Relações Econômicas Internacionais. Ao longo dos últimos anos, tem crescido o número de publicações focadas na economia chinesa e em alguma medida na da Índia, porém sem compará-las com outras economias emergentes, o que certamente limita a possibilidade de assimilar lições econômicas e sociais que possam servir como pano de fundo para uma reflexão mais profunda sobre a temática das estratégias de desenvolvimento, crescimento e comércio externo nas economias emergentes. A análise do comércio externo, do crescimento econômico e seus determinantes em países como China e Índia tem sido objeto de discussões acadêmicas, com grandes repercussões nas diversas mídias mundiais ao longo dos últimos anos, especialmente em função do papel destas na economia e política internacionais, não estando restrito apenas à questão do comércio de bens e serviços, mas também à atração de fluxos de capitais, oportunidades de investimento, dentre outros aspectos. Neste contexto, economias como Brasil e Rússia, ainda que possuam particularidades econômicas e sociais, podem também ser consideradas como economias emergentes de papel político e econômico decisivos dentro de um novo contexto de globalização, preservadas as especificidades históricas de cada uma delas. O livro é composto por sete capítulos cujas análises tratam de temas variados como o crescimento econômico, o comércio internacional, a especialização produtiva, política tecnológica, internacionalização financeira, fluxos de capitais e comércio siderúrgico. O que se percebe ao longo da leitura dos capítulos é uma ampla sistematização de informações econômicas e sociais sobre o BRIC proporcionando ao leitor a possibilidade de desenvolver cenários comparativos e assimilar algumas lições tendo por base a experiência destas economias emergentes. Deve contribuir não apenas para uma reflexão acadêmica, como também, para a formulação de políticas econômicas em suas diversas esferas: monetária, fiscal, cambial, de comércio exterior, definição do marco regulatório, científica e tecnológica, melhoria da qualidade institucional, dentre outras.