Neste livro Phyllis Tickle argumenta que a avareza é 'a Matriarca do Clã Mortal', a fonte fundamental e definitiva da soberba, da inveja, da preguiça, da gula, da luxúria e da ira. Ela mostra que as fés mais importantes, do hinduísmo ao taoísmo, budismo e cristianismo, consideram a avareza a maior calamidade à qual os seres humanos podem condescender, a que arquiteta todos os pecados adicionais e eviscera todas as virtudes. A autora faz um apanhado abrangente sobre a avareza, de são Paulo ao presente, e se concentra particularmente na mudança das representações imaginativas da avareza na literatura e na arte ocidental. Ela nos mostra como nossas percepções evoluíram da compreensão medieval da avareza como inimigo espiritual até a síntese mental sociológica do século XIX, a deficiência psicológica do início do século XX e, finalmente, até uma nova visão, poderosamente articulada nos quadros místicos de Mario Donizetti, da avareza como trágica e bela.