Analisando os aspectos históricos, sócio-políticos, filosóficos e jurídicos da pauta do aborto, trazida hoje à tona, André Fernandes revela de que modo ela abre um horizonte que abala a própria identidade da espécie humana e a imagem que fazemos de nós mesmos, substancialmente a mesma em todas as doutrinas metafísicas, tradições humanistas e grandes religiões monoteístas ao longo da história. Essa harmonia sempre fez com que uma idéia mínima e básica da justiça não fosse problemática, refletindo sempre no estatuo normativo do ser humano desde a vida uterina. “