"As relações entre filosofia e teologia vêm de longa data; compõem a história das duas disciplinas desde as suas origens. Essa longa história conheceu sínteses, paralelismos e oposições. A retomada desse diálogo nos dias de hoje avalia o passado e fecunda o presente. Esta obra dedica-se ao ""esforço de superar os dualismos saber x realidade, sentir x inteligir"", bem como de ""contribuir com o desenvolvimento da inteligência da fé em sua riqueza e complexidade de formas e linguagens, explicitando de modo particular o lugar e a importância da mediação filosófica nesse processo"". O autor apresenta as referências diretas ou indiretas da filosofia nas teologias, acentuando a importância da ""Fenomenologia"" em forma hermenêutica ou práxica. As teologias da libertação trouxeram sem dúvida elementos muito positivos para a teologia, mas esta situação não deixou também de trazer elementos negativos, como, por exemplo, o fato de que normalmente há um uso não refletido nem explicitado de pressupostos filosóficos que condicionam o fazer teológico. O autor reconhece a validade de diferentes formas de exposição na teologia e procura justificar a tarefa específica e a importância da forma conceitual/teórica na teologia, considerando, inclusive, a questão complexa da avaliação da adequação das diferentes mediações filosóficas na teologia. O texto de Aquino Júnior é certamente uma provocação salutar à teologia contemporânea, não só por ter o mérito de retomar um debate que parecia esquecido, mas por mostrar que este debate não é para a teologia uma problemática secundária; porém, antes tematiza questões fundamentais que dizem respeito à estruturação teórica da teologia. É neste cont