Pouco mais de uma década desde a publicação da obra As estratégias sensíveis, livro em que Muniz Sodré examina a preponderância da estesia (a estética em sentido amplo) ou simplesmente do sensório na economia, na política, na cultura, particularmente na esfera da mídia em todas as suas modalidades expressivas. Até então, registravam-se poucos trabalhos de autores estrangeiros sobre o assunto, mas nada de substancial na bibliografia brasileira. As estratégias sensíveis veio ocupar um lugar fecundo no panorama dos estudos comunicacionais, em especial no âmbito da pós-graduação, em que, mais recentemente, começaram a surgir descrições e análises empíricas dos fenômenos afetuais. Esses estudos, que agora se multiplicam, estão centrados nas formas habituais de expressão de emoções (alegria, cólera, asco, medo, surpresa e tristeza), mas podem estender-se gama mais ampla do que se vem chamando de nossa "dimensão emotiva". A cultura da internet e das redes sociais, mas também a dos [...]