Ao contrário dos romances policiais, nos quais nomes e locais são fictícios, Bala Perdida é real, cruel, às vezes, e seus personagens são seres humanos viventes e pensantes. De um lado do enredo, a população, refém da violência, do tráfico de drogas e de armas, que pede socorro, na esperança de um dia mais tranquilo, normal mesmo. De outro, seres bárbaros, cuja personalidade já foi, há tempos, moldada para o crime, para a contravenção. E no meio, um Delegado de Polícia, também um ser humano, um pai de família que, também refém de um juramaneto profissional, de salvar vidas, limpar e barbárie e conduzir seus iguais a um caminho onde a Justiça impera, vivendo e convivendo com os mais diversos e cruéis crimes perpetrados, todos, sob um único tripé: drogas, armas e dinheiro.