Através do universo dos animais, o autor apresenta uma coletânea de poemas ora líricos e reflexivos, ora brejeiros e inusitados. O búfalo atravessa o rio levando a salvo, nos chifres, besouro e borboleta para a estação das flores. O jabuti leva às costas a carapaça, leva nos olhos astúcia. De manhã cedo, o urubu é estrela negra no céu azul. A vaca quis ser nuvem, mas trovões não mugem. O autor lida muito bem com aliterações, assonâncias e jogos de palavras, fazendo o leitor embrenhar-se na vida dos bichos com incrível cadência e emoção.