Que pode haver de comum entre o Marquês de Sade(1740-1814), preso vária vezes por licenciosidade e violência sexual, o socialista utópico Charles Fourier(1772-1837), e Ignácio Loyola(1491-1556), o ex-soldado criador da Campanha de Jesus que foi canonizado? Para Roland Barthes os três são logotetas, ou fundadores de línguas, e recorreram às mesmas operações para consumir suas linguagens. "O texto é um objeto de prazer", diz Barthes, e mergulha com paixão nas obras dos "escritor maldito", do "grande utopista" e do "santo jesuíta", colhendo um material fascinante para o estudo dos mecanismos da linguagem. Este é, sem duvida, um dos trabalhos mais estimulantes e radicais do grande semiólogo, crítico e ensaísta francês.