Atualmente, as discussões em torno do sofrimento mental, patológico ou não, têm preferencialmente salientado os determinantes biológicos. Uma peculiar noção de biologia que não inclui a subjetividade e a realidade inter-relacional do ser, além de configurar-se essencialmente fatalista.Este livro demonstra que mesmo quando um elemento de natureza bioquímica as drogas participa na configuração do sofrimento mental, é possível desenvolver um discurso que, se não nega a biologia, não a toma por um viés totalizante, isto é, não deixa de considerar que o toxicômano pode ser "recuperado" pela palavra.