Esta obra tem como foco o Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa) da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (Ocde), na orientação das políticas de educação no Brasil. Os princípios epistêmicos e os objetos ontológicos do Pisa têm presença no contexto global para comparar os sistemas educacionais nacionais em conhecimento, habilidades e bem-estar, presumidos como padrões que os estudantes precisarão para sua futura competência global. As avaliações estão vinculadas a modelos sistêmicos de melhoria educacional que se baseia em antecipar as habilidades para uma good life: prosperidade econômica, felicidade individual e igualdade social. Neste livro a autora torna visível como a profecia do Pisa sobre o futuro previsto é um fantasmagrama, um projeto paradoxal de intervenções sociais e culturais do imaginário utópico, construído sobre suas próprias impossibilidades.