Um "banquete" em prol da ciência, do homem e do universo Pensadores renomados dialogam sobre as conseqüências da ligação entre a cultura científica e a cultura das humanidades Às vezes o pequeno se torna grande. De uma simples pergunta podem surgir pensamentos e indagações que nos transportam a atmosferas e terrenos variados. Mas quando teóricos do porte de Michel Cassé - astrofísico de vanguarda - e Edgar Morin - filósofo e pesquisador das revoluções e do conhecimento - realizam exercícios de reflexão, recorrem a mitos antigos, poetas, filósofos e cientistas, para compreender as revoluções da física moderna sobre o vazio, a matéria e o tempo. Filhos do céu trata de um diálogo aberto entre a ciência e a filosofia. O livro é constituído de cinco partes. "A revelação do vazio", que discorre sobre o pensamento fisicista do mundo, tempos, revoluções e matéria; "Abordagens do invisível", que apresenta a marca da matéria, os mensageiros cósmicos, teorias de ordem e desordem; "O universo como história", que traz comentários a respeito de carbono, DNA e acaso, o que ocorre para além das leis, memória e religação. As duas últimas partes deste "banquete" - como Cassé define o livro - são "A flecha do tempo", que disseca sobre a eternidade e a entropia, quando morrem os astros, a consciência como emergência; e "Rumo ao antropo-cosmo", que aborda a expansão, a frenagem e a aceleração, as dimensões do futuro, conhecimento, natureza humana e celebração da ciência. A avaliação que esses pensadores fazem dos encontros de mergulho na cosmologia é que as reflexões levantadas tratam menos de responder a uma ou outra pergunta e mais de circunscrever um campo de pesquisas.