Reagindo contra a sua inclusão na categoria “geração 70”, Waly Salomão gostava sempre de repetir que não era um fóssil e sim um míssil. “Pescados Vivos”, que seria o seu último livro de poesia, o mostra em plena turbulência, pronto para novas decolagens. De fato, como diz Leila Perrone-Moisés, na orelha do livro “nenhuma etiqueta colava em Waly; ele se mexia demais.” Ainda segundo Leila “alguns de seus poemas nascem de uma sensibilidade cósmica, que o elevam a um tom quase épico; outros o conduzem à vaziez do zen, à feliz simplicidade de mirar uma vitória régia ou apenas ouvir o som do mar.