Este livro foi tecido, a partir da construção de um território filosófico-musical que possibilita a organização de toda uma inventividade filosófica: um diálogo que toma forma de uma conexão criadora entre domínios. Um atravessamento de meio: Chico intercessor da filosofia deleuze-guattariana. Ecoando como viver o ritornelo a partir de canções deslumbrantes, reinventando a escuta de forças não sonoras no tempo do afeto. A fluidez musical do ato de pensar. Um estilo musicado de escrita: um tópico terminando em outro, um ponto começando pelo anterior, a conclusão sendo uma retomada do começo, um refrão. Toda uma dinâmica poetizada do retorno, do intermezzo, do vento uivando em mar aberto. Ao aliar a filosofia de Deleuze e Guattari à música de Chico Buarque, Luz leva essas disciplinas a percorrerem intensidades antes inauditas. [...]