Em Três discursos sobre o poema dramático Corneille dialoga com Aristóteles, confrontando as regras do drama aristotélico com a lógica do teatro e com as exigências da própria obra. No primeiro discurso, o dramaturgo e ensaísta francês reflete sobre a uti¬lidade e as partes do poema dramático; no segundo, discorre sobre a tragédia e sobre os meios de tratá-la segundo o verossímil ou o necessário. No terceiro texto, Corneille versa sobre as unidade de ação, de tempo e de lugar na comédia e na tragédia. Num estilo contestatório, a obra de Corneille reconhece a importância das regras do drama aristotélico, e ao mesmo tempo justifica a necessidade de se transgredir a essas normas em algumas obras como o caso da sua peça, O Cid.