Esta obra realiza uma reflexão sobre as formas como as favelas são retratadas no fotojornalismo, a partir da cobertura do Correio da Manhã, um dos principais jornais diários do Rio de Janeiro até meados da década de 1970. O período estudado são os anos de 1950 e 1960, sendo focados casos emblemáticos, como o desmonte do Morro de Santo Antônio e a remoção de favelas de bairros valorizados, como Lagoa e Leblon. A imprensa é um dos principais sujeitos da produção de representações sobre as favelas, e o olhar crítico sobre essa prática discursiva é um importante viés de enriquecimento para o debate sobre a questão da habitação popular, não apenas do Rio de Janeiro, mas de qualquer cidade brasileira.