Os nossos extraordinários ganhos de conhecimento, pagam-se em inauditos ganhos de ignorância. Pior ainda, nas nossas sociedades, no âmago dos mais graves flagelos - tais como a violência, a pobreza, a autodestruição dos jovens - descobre-se uma nova ignorância. A evolução das sociedades é determinada primeiro pela cultura, muito antes de o ser pelos modos de produção ou pelos regimes políticos. Veja-se a que ponto os novos poderes da comunicação reestruturam tanto a acção política como o mundo da economia e da ciência. É, pois, a cultura que desde já deve ser examinada e cujo sentido deve ser repensado de novo. Nada é mais urgente ou mais vital.