O livro investiga o processo organizativo do Assentamento Sepé Tiaraju, em Ribeirão Preto, e reflete sobre os impactos da organização do trabalho e outras dimensões da vida cotidiana realizadas sob os princípios da cooperação autogestionária e da agroecologia nas condições de vida dos trabalhadores rurais assentados. Entendendo o assentamento como uma totalidade que envolve múltiplos aspectos da vida humana e apoiada numa perspectiva metodológica inspirada na etnografia, a autora foca sua análise na riqueza e efervescência do cotidiano deste campo de pesquisa - condição necessária para perceber a lógica do processo organizativo -, não perdendo de vista os condicionantes estruturais que fazem (ou não) da reforma agrária uma estratégia de luta pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores rurais na região.