Quando o filho nasceu, a primeira coisa que o pai fez foi cantar de galo, para toda a vizinhança ouvir: chegava ao mundo mais um atleticano. E desde que o menino pisou no Mineirão, no poleiro do Galo, descobriu que fazia parte de uma torcida apaixonada, com um sentimento inexplicável, incontrolável, indiscutível, indescritível. Porque o Galo é dono de uma história centenária, uma trajetória de pioneirismo que transformou os gramados em palco de partidas memoráveis e de jogadas iluminadas, pela cabeça de Dadá Maravilha, metade homem metade beija-flor, e pelos pés de Reinaldo, o Rei, o gênio da bola. Então canta aí, que o Atlético está entrando em campo: "Minas Gerais é o meu terreiro/por toda a vida vou te amar/Galo, Galooo, Galo, Galooo"