As décadas de 1960 e 1970 marcam o momento de uma profunda crise da subjetividade. Com o capitalismo de feição taylorista-fordista estando em vias de ser substituído pela ordem neoliberal, acirram-se os movimentos de resistência contra as políticas identitárias da sociedade dita burguesa. Através de personagens tipos, esta obra não apenas investiga as estratégias de um e outro lado, mas busca ainda atualizar a experiência daquelas mutações, não raro permeadas de angústia e de perplexidade, e que são sempre o índice da inquietação do ser ante os traços delimitadores nos quais o poder busca enquadrá-lo.