A primeira vez que Daniel percebeu que era louco foi em uma terça-feira. Claro que ele já tinha percebido isso antes mas vinha a todo custo tentando negar para si mesmo e disfarçar para todos ao seu redor. E é claro também que isso não é verdade. Daniel não é louco, apenas ainda não sabe disso. Daniel Leigh, fala-se li, não lei, tem treze anos e mora com seus pais e irmãos (o mais velho, Steve, a quem recorre para garimpar conselhos que o ajudem a enfrentar a dura realidade de ser desajustado em plena adolescência e a mais nova, Emma, com quem passa as noites lendo e imaginando histórias escondidas no estuque do teto quarto). É magricela, dono de um humor sarcástico, com olhos azuis, sardas e um cabelo que muda de loiro para castanho de acordo com a estação. Adora ler, escrever (tanto que está até escrevendo um livro) e adora Raya, uma menina popular, maneira, muito madura e bonita demais para se interessar por ele. Popularidade não é o seu forte, mas sendo jogador do time de futebol americano (tudo bem, ele é só o kicker reserva) e tendo como melhor amigo o astro do time, Max, Daniel não é do tipo isolado, calado, nem nada disso. Mesmo com toda sua timidez, esquisitice e loucura, Daniel consegue interagir com alguns colegas e participar do que quer que a escola proponha, o que inclui um baile para o qual ele não tem coragem de convidar Raya, é claro. Mas não é o dia a dia de Daniel a parte mais, digamos, complicada dessa história. São as noites de Daniel que nos mostram quem ele é de verdade. Daniel precisa seguir o Ritual todas as noites antes de se deitar, do contrário, algo muito ruim pode acontecer, alguém pode morrer e ele pode nunca mais ter a chance de consertar o que quer que seja. Isso tudo acontece na cabeça de Daniel e ele não entende que seu corpo está apenas respondendo à uma manipulação cerebral.A primeira vez que Daniel percebeu que era louco foi em uma terça-feira. Claro que ele já tinha percebido isso antes mas vinha a todo custo tentando negar para si mesmo e disfarçar para todos ao seu redor. E é claro também que isso não é verdade. Daniel não é louco, apenas ainda não sabe disso. Daniel Leigh, fala-se “li”, não “lei”, tem treze anos e mora com seus pais e irmãos (o mais velho, Steve, a quem recorre para garimpar conselhos que o ajudem a enfrentar a dura realidade de ser desajustado em plena adolescência e a mais nova, Emma, com quem passa as noites lendo e imaginando histórias escondidas no estuque do teto quarto). É magricela, dono de um humor sarcástico, com olhos azuis, sardas e um cabelo que muda de loiro para castanho de acordo com a estação. Adora ler, escrever (tanto que está até escrevendo um livro) e adora Raya, uma menina popular, maneira, muito madura e bonita demais para se interessar por ele. Popularidade não é o seu forte, mas sendo jogador do time de futebol americano (tudo bem, ele é só o kicker reserva) e tendo como melhor amigo o astro do time, Max, Daniel não é do tipo isolado, calado, nem nada disso. Mesmo com toda sua timidez, esquisitice e loucura, Daniel consegue interagir com alguns colegas e participar do que quer que a escola proponha, o que inclui um baile para o qual ele não tem coragem de convidar Raya, é claro. Mas não é o dia a dia de Daniel a parte mais, digamos, complicada dessa história. São as noites de Daniel que nos mostram quem ele é de verdade. Daniel precisa seguir o Ritual todas as noites antes de se deitar, do contrário, algo muito ruim pode acontecer, alguém pode morrer e ele pode nunca mais ter a chance de consertar o que quer que seja. Isso tudo acontece na cabeça de Daniel e ele não entende que seu corpo está apenas respondendo à uma manipulação cerebral.