Por uma estética dos vestígios memoriais corresponde a uma tentativa de refletir sobre as teorias da memória, não apenas no sentido de acompanhar uma preocupação intelectual que remonta a Platão e Aristóteles, passando por Santo Agostinho (354-430), até chegar aos autores do século XX, como H. Bergson, e a grande plêiade de autores europeus do pós-guerra como M. Halbwachs, P. Nora, J. Le Goff, M. Foucault, T. Todorov, P. Ricoeur, mas também sobre a importância do vivido, isto é do passado. Remontar ao passado, através dos mecanismos da memória, do esquecimento e também da imaginação que preenche os interstícios ou buracos da memória, como prefere chamar Donaldo Schuler, nos permitirá melhor entender o presente e, em conseqüência, nosso próprio estar no mundo e nosso contínuo de construção identitária.